quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Grandes frases

Não são todas as pessoas que possuem o dom de dizer muito falando pouco. He-man é uma dessas pessoas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A Quadrilha de Sádicas

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, em Minas Gerais. Eu não.
Carlos Drummond de Andrade foi um grande poeta. Eu sou uma grande imbecil.

Quando um anjo torto se aproximou de Drummond de Andrade, pediu ao poeta para que ele fosse um gauche na vida. No meu caso, quando um anjo torto (talvez devido a um reumatismo) se aproximou de mim, ele pediu a mesma coisa, mas para completar, ele ordenou: E não se esqueça também de tomar no seu cu.

É verdade que entendo de poesia tanto quanto uma modelo e atriz entende de física quântica, apesar disso, decidi redigir para esse odioso anjo torto uma amável poesia.

A poesia em questão possui um conteúdo assaz inocente e fala sobre um bando de lésbicas se fudendo loucamente. O título é “A Quadrilha de Sádicas”

Ei-la:
Joana amava Teresa que amava Raimunda
que amava Maria que transava com Juliana que amava Lili
que não transava com ninguém e só se masturbava.
Joana foi para Marte, Teresa para o puteiro,
Raimunda morreu atingida por um meteoro, Maria ficou para tia,
Juliana suicidou-se com um alfinete e Lili casou com Raquel
que não tinha entrado na história porque estava no banheiro cagando.
 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Aviso


Hoje, na cidade fictícia de Lisístrata do Sul, a 100 centímetros de Porto Alegre e a anos-luz da estrela Alpha Centauri, irá ocorrer um curso de literatura e cinema. O curso será ministrado pelo professor Aristófanes de Mello, doutor em literatura cafajeste e especialista em sexo anal.

O professor irá abordar a análise semiótica presente no livro Madame Bovary, do escritor francês Gustav Flaubert. Ainda nesse evento, Aristófanes irá tecer comentários sobre o boquete e a penetração no cu, duas práticas presentes no filme “Vermes horrendos do espaço”, sucesso de Jean-Luc Godard e vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro e bagaceiro em 2011.

O curso está aberto a estudantes de letras, comunicação, filosofia e demais seres fãs dos Los Hermanos.
O evento também contará com debates sobre a influência do filósofo Platão nos jogos de vídeo game. Sabe-se lá como, o professor Aristófanes acredita que o pensamento de Platão influencia os resultados do jogo Mortal Kombat.

Platão, filósofo da antiga Grécia, discípulo de Sócrates, fundador da Academia em Atenas e autor de vários diálogos filosóficos, não quis se pronunciar sobre o assunto, já que ele faleceu há mais de mil anos.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Ideia para um programa de TV

Para aqueles que apreciam uma literatura “família”, repletas de passagens belas e edificantes,  eu recomendo os contos de putaria escrito pelo filósofo e escritor francês Donatien Alphonse François de Sade, também conhecido como Marquês de Sade. Os contos desse cara são as histórias ideais para aqueles que estão com vontade de amarrar a(o) parceira(o) na cama, aplicar violentos tapas na cara e, se assim o quiser, introduzir um taco de baseball no cu.

O Marquês de Sade foi tão influente em sua época (século XVIII) que a palavra “sadismo” deriva do seu nome.

E já que o assunto é sadismo sugiro um breve roteiro para ser produzido e transmitido pela TV em um programa que poderia ser exibido em dezembro, durante o afável clima natalino que permeia o período. É um roteiro deveras sádico e desbocado, digno do Marquês de Sade, que concebeu muitas das suas obras enquanto estava encarcerado na famosa Prisão da Bastilha, em Paris.
O roteiro que tenho em mente conta a história de uma incauta jovem chamada Filó (pode ser alguma atriz da Malhação ou a filha da Xuxa) que é submetida a uma humilhante e degradante sessão de tortura: escutar a discografia inteira do Chico Buarque.

Na história, a infeliz jovem é amarrada em uma cadeira enquanto seus algozes (vários fãs de Chico Buarque) proferem inflamados discursos intelectuais. A horda de fanáticas passa o tempo inteiro enaltecendo as letras do referido compositor e obrigando a pobre moça escutar várias de suas canções. Um verdadeiro tormento!!!

O título do referido especial de fim de ano televisivo poderá ser “Filó sofria na alcova”, referência direta a uma das mais famosas peças concebidas por Sade, chamada “Filosofia na alcova”.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Uma reflexão sobre o Inferno

Eu adoro assuntos engraçadinhos e amáveis, por isso hoje irei tecer um singelo texto sobre um tema que para mim é tudo di bom: é o inferno, pôrra. 
Isso mesmo, inferno, local esse que segundo o senso comum é um antro cheio de suplícios, demônios e críticos de cinema. Sendo assim, quem não quiser ler essa merda de texto que vá tomar no cu ou vá para o quinto dos infernos.

Bem... Para começar... A ideia do inferno ser um local repleto de fogo e sofrimento começou a ser adotada principalmente a partir do 2.° século, bem depois da época dos primitivos cristãos e muitos antes do advento do ar-condicionado. 

Porém vale lembrar que nem todas as autoridades cristãs da época tinham a mesma concepção de inferno. Justino, o ‎Mártir, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Cipriano, só para citar esses, acreditavam que o inferno era um ‎território de fogo eterno. Enquanto isso outros teólogos afirmavam que o inferno era o local onde você teria, todos os dias, o seu cu arregaçado por um robô de pau grosso e revestido de aço.

Já na mitologia grega, estava estabelecido que as almas dos mortos rumavam para um local nas entranhas da Terra chamado Hades. Diante de tal condição não adiantava o defunto protestar, gritar e nem mesmo ameaçar chamar os advogados. Vai para o Hades e tá fudido!! Uma vez que os advogados todos já se encontravam mesmo no Hades!!

O tema inferno, como bem podemos aferir, é um assunto muito amplo e nem cristãos, ateus, gregos, troianos, gremistas e colorados chegam a um consenso. Há aqueles que acreditam, assim como há também aqueles que estão cagando e andando para isso. No século passado, por exemplo, o filósofo Jean Paul Sartre, ateu convicto e feio que nem um diabo, afirmava que “o inferno são os outros”, deixando bem claro que a convivência entre as pessoas é o que realmente é difícil de suportar na existência.

Eu, particularmente, acredito que o inferno pode ser encarado de várias formas. Para mim inferno seria passar a eternidade em um cinema lotado condenada a assistir infinitas vezes a filmografia do Jean-Luc Godard.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Vencedor

Foi no final da transmissão televisiva de um importante evento cinematográfico que eu tive vontade de cagar. É verdade, no ápice da cerimônia, na hora em que seria efetuada a entrega do prêmio de melhor filme, eu senti os efeitos de um Toddynho de morango. Eu bem que li no rótulo que a referida iguaria estava com prazo de validade vencido no dia 19 de abril de 2006, mas irresponsável que sou, não dei a devida importância ao aviso.

Como eu não queria perder um segundo se quer daquela grandiosa festa cinematográfica, lutei com todas as minhas forças para a merda não sair da minha respectiva cavidade anal. Eu sabia que seria uma batalha difícil, pois conforme dizem os eruditos, “merda é que nem político corrupto, impossível mantê-la presa”. 

Finalmente o casal de apresentadores anunciou que o prêmio de melhor filme seria anunciado. Ela estava vestida com um modelito ultra-fashion-fofucho. Um arraso!! Ele estava vestido com trajes impecáveis, um verdadeiro colírio para os olhos!! E eu estava de pijamas, sentada no sofá, suando, gemendo e fazendo força para segurar uma exército de fezes prestes a sair do meu cu.

Eu desejava profundamente que aqueles dois pusilânimes no palco anunciassem de uma vez por todas qual era o grande vencedor da noite. Afinal, eu merecia, pois passei duas horas da minha vida sentada diante daquela TV escutando piadinhas infames e assistindo números musicais tão cafonas que deixariam o teatrinho infantil do meu sobrinho parecendo Hamlet.

Quando finalmente, a moça garbosa iria anunciar o vencedor, o maldito apresentador ao lado dela se intrometeu e proferiu um longo discurso sobre um grave problema que, segundo ele, aflige a humanidade: o cálculo renal.
Aquele filho da puta dizia:
- Devemos nos conscientizar que o cálculo renal também pode causar o bloqueio da passagem da urina, levando assim à dilatação a montante do sistema urinário, causando sofrimento e ranger de dentes.

Rangendo os dentes estava eu, um pouco porque sentia meu cu quase explodir, outro pouco porque estava a nutrir um ódio mortal por aquele apresentador.
E o bastardo prosseguiu com o seu enfadonho discurso:
- Amigos e amigas, devemos nos sensibilizar com os indivíduos que sofrem com o cálculo renal. Devemos ter consciência que o cálculo renal alojado no uréter ocasiona obstrução na via urinária, comprometendo assim o funcionamento do rim e provocando perda ou destruição do tecido renal. Por isso, meus amigos, a melhor forma de tratamento contra o cálculo renal é combater o preconceito.

A plateia aplaude emocionada, eu choro de raiva.
Quando finalmente a moça elegante iria anunciar o vencedor. O imbecil novamente se intrometeu:
- Antes de anunciar o vencedor, quero fazer uma declaração sobre a lesão por esforço repetitivo. Esse é um alerta importante a todos os homens que se masturbam compulsivamente. O ato de bater punheta eu sei que é bom, mas de forma exagerada pode ocasionar a famosa lesão por esforço repetitivo. 

Eu, ávida para despejar meio quilo de merda, estava desesperada diante daquela enrolação.
O apresentador continuou:
- A lesão por esforço repetitivo é uma doença que se desenvolve lentamente. O sintoma mais comum é uma dor semelhante ao reumatismo. Mas ainda assim, a melhor forma para curarmos a lesão por esforço repetitivo é combatermos o preconceito. Atualmente...

Foi aí que a apresentadora ao lado dele se intrometeu:
- Ah! Cala a boca! Deixa de enrolação e vamos acabar de uma vez com essa porcaria.

Incrível. Se pudesse eu beijaria a boca daquela moça ali mesmo, depois de ir ao banheiro, obviamente.

A moça então concluiu:
- E o filme vencedor é: “O ataque dos alienígenas gosmentos”, que narra a emocionante história de uma mulher que luta contra uma tendinite causada por excessivas viradas de cambalhota. 
O povo aplaudiu, o diretor e a atriz subiram ao palco e proferiram um discurso emocionado falando sobre esse mal que atualmente assola a humanidade: a tendinite causada pelo excesso de cambalhotas.

Eu, cinéfila que sou,  já considerava esse filme o grande vencedor da noite. Um excelente longa-metragem de belíssima fotografia e que arrancou elogios até mesmo daquele ranheta do José Wilker.
A cerimônia finalmente chegou ao fim. Eu, infelizmente, nem precisei ir ao banheiro, pois o que precisava ser feito em uma privada acabei por fazer ali mesmo, no sofá.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Hippongus Insalubres


Certa feita, o aplicado aluno Manuel fez uma redação. Eis aqui o que o garoto, na sua inocência dos 10 anos de idade, descreveu:

Vi ontem um bicho na imundície do pátio. Ele era bípede, dotado de polegar opositor e cultivava em sua cabeleira variados tipos de fungos. Esse bicho catava comida entre os detritos. O mais incrível foi presenciar a felicidade dele ao se deparar com um pedaço da pizza que o Totó dispensou ontem na hora do jantar.

Depois não demorou muito e mais bichos da mesma espécie se juntaram ao pestilento local. Um deles carregava algo de madeira que, a princípio, era para ser um violão. Os machos tinham barbas e as fêmeas tinham mais pêlos que a Cláudia Ohana nos anos 80.

Esses bichos se comunicavam através de um dialeto incompreensível e utilizavam gírias tão datadas quanto o meu vídeo-cassete CCE. Eles vociferavam coisas sobre a vindoura era de aquário, algumas bobagens sobre astrologia e, aparentemente, devido ao cérebro atrofiado, conseguiam executar apenas os acordes mais básicos das músicas do Legião Urbana.

Quando eles encontravam alguma coisa entre a podridão ali reinante, não examinavam e nem cheiravam, apenas engoliam e exclamavam: “Bah! Que viagem!”

Minha vó disse que aqueles bichos foram uma raça produzida no século passado, nos locais mais recônditos dos laboratórios da Nasa. Aqueles bichos pareciam ser uma cruza entre o Homo Sapiens e os integrantes da banda Los Hermanos.

Após algumas horas vislumbrando aquele espetáculo hediondo, aferi que eles não eram bichos. Meu Deus, eles eram hippies.