Isso mesmo, inferno, local esse que segundo o senso comum é um antro cheio de suplícios, demônios e críticos de cinema. Sendo assim, quem não quiser ler essa merda de texto que vá tomar no cu ou vá para o quinto dos infernos.
Bem... Para começar... A ideia do inferno ser um local repleto de fogo e sofrimento começou a ser adotada principalmente a partir do 2.° século, bem depois da época dos primitivos cristãos e muitos antes do advento do ar-condicionado.
Porém vale lembrar que nem todas as autoridades cristãs da época tinham a mesma concepção de inferno. Justino, o Mártir, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Cipriano, só para citar esses, acreditavam que o inferno era um território de fogo eterno. Enquanto isso outros teólogos afirmavam que o inferno era o local onde você teria, todos os dias, o seu cu arregaçado por um robô de pau grosso e revestido de aço.
Já na mitologia grega, estava estabelecido que as almas dos mortos rumavam para um local nas entranhas da Terra chamado Hades. Diante de tal condição não adiantava o defunto protestar, gritar e nem mesmo ameaçar chamar os advogados. Vai para o Hades e tá fudido!! Uma vez que os advogados todos já se encontravam mesmo no Hades!!
O tema inferno, como bem podemos aferir, é um assunto muito amplo e nem cristãos, ateus, gregos, troianos, gremistas e colorados chegam a um consenso. Há aqueles que acreditam, assim como há também aqueles que estão cagando e andando para isso. No século passado, por exemplo, o filósofo Jean Paul Sartre, ateu convicto e feio que nem um diabo, afirmava que “o inferno são os outros”, deixando bem claro que a convivência entre as pessoas é o que realmente é difícil de suportar na existência.
Eu, particularmente, acredito que o inferno pode ser encarado de várias formas. Para mim inferno seria passar a eternidade em um cinema lotado condenada a assistir infinitas vezes a filmografia do Jean-Luc Godard.
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