Diante de vários pedidos para que eu escrevesse urgentemente sobre algum filme “família”, fiquei em dúvida entre esses dois blockbusters: “Piratas do Caribe” e “Kung Fu Panda”. Como eu dormi durante a exibição de ambos, optei por um terceiro longa-metragem mais “light” e que fosse um produto nacional. Sendo assim, o filme escolhido foi o fofíssimo “À meia-noite levarei sua alma”, obra-prima do José Mojica Marins, mais conhecido pela alcunha de “Zé do Caixão”.
Produzido em 1963, o longa-metragem dirigido e protagonizado pelo próprio Mojica Marins apresenta tudo aquilo que um filme precisa para alegrar a vida da família brasileira. O filme possui violência, enredo macabro e cenas grotescas, ideal para ser assistido na hora do almoço no lugar da Turma do Didi.
“À meia-noite levarei sua alma” foi vencedor do Prêmio L’Ecran Fantastique pela originalidade, Prêmio Tiers Monde da imprensa na Convention du Cinema Fantastique e Prêmio Especial no Festival de Cine Fantástico y de Terror de Sitges.
Foi esse filme que marcou a primeira aparição do personagem Zé do Caixão, criado pelo próprio José Mojica Marins e que era presença garantida em muitos dos seus pesadelos.
A sinopse do filme conta a história do sádico coveiro Zé do Caixão, que por desejar ser o genitor de uma “criança superior”, faz de tudo para encontrar a mulher “perfeita”. Durante a sua busca, ele é capaz das maiores atrocidades, inclusive matar.
De acordo com uma lenda, José Mojica Marins iria incluir uma pesadíssima cena de sadismo, em que ele tortura uma garota obrigando-a escutar um CD do Los Hermanos. Mojica afirma que essa história não procede, já que na época a existência dessas criaturas hediondas e barbudas que cantam de forma desafinada era apenas especulação científica.
Abaixo, coloco um vídeo super-ultra-mega-engraçadinho do filme “À meia-noite levarei sua alma”.
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