Dessas criaturas monstruosas idolatradas pela atual e (imbecilizada) cultura pop, eu prefiro os zumbis. Considero-os tudo de bom. O motivo da minha preferência se deve ao fato de que os vampiros se tornaram afeminados, os lobisomens não tem o mesmo encanto de outrora e os astros das boys-bands estão velhos e decrépitos. Pelo menos os zumbis, esses mortos que andam, ainda são uns amorzinhos, mesmo que a maioria deles tenha a pele em decomposição e os órgãos internos deteriorados.
Eu ainda acho que os filmes do George Romero são os mais... tipo assim... legais dentro do gênero “mortos-vivos e podreira.” Eu sei que, muitas vezes, as produções do George Romero são tão arrastadas que deixam os filmes do Godard parecendo Michael Bay, mas mesmo assim, a abordagem que ele adota, enfatizando os zumbis como uma crítica ao comportamento da sociedade humana, é magistral. Muito mais cool que esses zumbis velocistas e fortões feitos para a atual geração vídeo-clip.
Porém, dentro dessa nova safra de filmes de zumbi, eu acho os do filme espanhol REC um amor. É sério, gente, os diretores Jaume Balagueró e Paco Plaza conseguiram realizar um trabalho muito miguxo e lindo de morrer.
A sequência do REC, ao contrário do que afirmam os mais chatos, é um filme super bacana e até ampliou o universo do primeiro longa-metragem. REC Possuídos não é tão ruim não como dizem por aí.
E pelo jeito os espanhóis estão trabalhando já em mais três sequências (Ué, se aquelas porcarias dos “Piratas do Caribe” também se tornaram franquia, porque criaturas amáveis e fofuchas como zumbis nojentos não podem? Só porque nesse caso o sotaque deles é espanhol?)
Recentemente, o co-diretor dos dois primeiros e responsável sozinho pelo terceiro, Paco Plaza, comentou que tem ideias até mesmo para uma sequência, REC 5, que continuaria a mortandade.
Abaixo tem um cartaz promocional do terceiro longa-metragem, REC Gênesis. É ou não é um amor?
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